A criptorquidia e a hidronefrose são duas condições de saúde que podem afetar significativamente a qualidade de vida de homens e meninos. Por isso, é importante entender as causas e os tratamentos disponíveis para essas condições.
A criptorquidia pode ser causada por uma variedade de fatores, como genética, lesões durante o parto ou problemas hormonais. É importante ressaltar que a condição não é incomum, afetando cerca de 3% dos bebês do sexo masculino. Embora a maioria dos testículos não descidos desça por si só nos primeiros meses de vida, em alguns casos é necessário o tratamento cirúrgico.
A hidronefrose, por sua vez, é uma condição em que a urina não consegue fluir adequadamente dos rins para a bexiga. Essa obstrução pode ser causada por uma variedade de fatores, como pedras nos rins ou estreitamento dos ureteres. Se não tratada, a hidronefrose pode levar a infecções urinárias, danos renais e outros problemas de saúde. O tratamento varia de acordo com a causa subjacente da condição, mas pode incluir cirurgia, medicamentos ou outras terapias.
Felizmente, ambas as condições podem ser tratadas com sucesso. É importante procurar um especialista em urologia pediátrica para uma avaliação adequada e um plano de tratamento individualizado. Além disso, medidas simples de prevenção, como exames regulares e acompanhamento médico, podem ajudar a evitar problemas de saúde no futuro.
Como especialista em urologia pediátrica, posso ajudar a identificar a causa da criptorquidia e hidronefrose e encontrar o melhor tratamento para cada caso. Não hesite em entrar em contato se você tiver alguma preocupação ou dúvida sobre essas condições. Estou aqui para ajudar e fornecer o melhor cuidado possível para os meus pacientes.
O que causa a criptorquidia?
A criptorquidia, ou testículo não descido, pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, problemas hormonais, lesões durante o parto, entre outros. Em um feto masculino, os testículos começam a se formar na região abdominal e, em seguida, descem através do canal inguinal até o escroto antes ou logo após o nascimento.
Em alguns casos, o testículo pode não descer completamente para o escroto e ficar retido na região abdominal ou na virilha. A criptorquidia é mais comum em bebês prematuros e, geralmente, é detectada durante os primeiros exames de rotina após o nascimento.
Outros fatores, como deficiências hormonais, podem impedir que o testículo desça adequadamente para o escroto. Além disso, lesões durante o parto, infecções e outras condições médicas podem contribuir para a criptorquidia.
É importante lembrar que a criptorquidia não deve ser ignorada, pois pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como infertilidade, câncer testicular e torção testicular. Por isso, é essencial procurar um especialista em urologia pediátrica para avaliar e tratar a condição o mais cedo possível.
O que causa hidronefrose em crianças?
A hidronefrose é uma condição em que a urina não consegue fluir adequadamente dos rins para a bexiga, podendo causar acúmulo de líquido nos rins e aumentando o risco de infecções urinárias e danos renais.
Em crianças, a hidronefrose pode ser causada por diversas condições, incluindo obstruções nos ureteres, refluxo vesicoureteral, estenose da junção ureteropélvica, válvulas uretrais posteriores e outros problemas congênitos.
A obstrução dos ureteres pode ocorrer devido a pedras nos rins, tumores ou outras causas mecânicas. Já o refluxo vesicoureteral acontece quando a urina volta da bexiga para os rins, devido a um problema na válvula que impede o refluxo. A estenose da junção ureteropélvica é uma condição em que a junção entre o ureter e a pelve renal é estreita, dificultando a passagem da urina. As válvulas uretrais posteriores são flaps de tecido que bloqueiam a uretra, impedindo a saída da urina e causando dilatação dos rins.
O diagnóstico precoce da hidronefrose é fundamental para o tratamento adequado e a prevenção de danos renais. O acompanhamento com um especialista em urologia pediátrica é essencial para avaliar a causa da hidronefrose e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
Os tratamentos podem variar desde medicamentos para relaxar os músculos da bexiga e permitir a passagem da urina, até cirurgias para corrigir obstruções ou remover válvulas uretrais posteriores. Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção de um dos rins.
Como urologista pediátrico, estou disponível para esclarecer dúvidas e orientar sobre a prevenção e o tratamento da hidronefrose em crianças. Procure ajuda médica caso seu filho apresente sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos, inchaço na região abdominal ou dificuldade para urinar. O cuidado precoce pode fazer toda a diferença na qualidade de vida da criança.
Como escolher o melhor cirurgião infantil para o seu filho?
O cirurgião infantil é o responsável por fazer alguns procedimentos delicados. Além disso, ele pode estar presente na vida de seu filho por muito tempo. Por isso, é essencial escolher um bom profissional.
Para não errar em sua escolha, veja algumas dicas úteis:
● Confirme se o profissional possui os registros nos órgãos competentes que certificam que ele passou por toda a formação necessária. Para exercer a medicina ele precisa ter registro no Conselho Federal de Medicina – CFM. Seus títulos de especialista precisam ser emitidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões ou por outra sociedade confiável;
● Uma conversa com o cirurgião pediátrico é a próxima etapa da escolha. Entre em contato com o profissional e tire dúvidas sobre sua formação, formas de atendimento e qualquer coisa que julgue importante perguntar;
● Peça indicação de amigos e familiares. Outras pessoas que tiveram boas experiências são uma fonte importante para localizar o profissional certo;
● Também é muito importante observar como o cirurgião pediátrico trata a criança, o ambiente em que atua e se ele se comunica de forma clara.
Quais as principais cirurgias realizadas por um cirurgião infantil?
Embora nem todos os casos acompanhados pelo cirurgião infantil necessitem de cirurgias, há algumas situações em que o profissional pode indicar o procedimento.
Fimose infantil
A cirurgia de fimose infantil é recomendada quando a dificuldade em retrair a pele para expor a glande resulta em problemas para fazer a higiene e em infecções urinárias. Então, é realizada a cirurgia de postectomia infantil.
Vale lembrar que, embora a fimose infantil ocorra com certa frequência, nem sempre as cirurgias são necessárias, existem alguns casos onde o tratamento clínico (sem cirurgia) pode ser aplicado, no entanto existem outros que o tratamento clínico pode piorar a situação. De qualquer forma, o cirurgião infantil sempre deve acompanhar o processo.
Criptorquidia
A criptorquidia ocorre quando, após o nascimento, os testículos ficam retidos no abdome ou no trajeto até o saco escrotal e não estão portanto no seu local adequado. Nesse caso, a criança deve receber acompanhamento, pois é comum que o problema se resolva ainda no primeiro ano de vida.
Caso a condição não melhore até 1 ano de idade, o cirurgião infantil pode optar pela cirurgia. Caso seja realizado o tratamento nesse período, a chance de complicações e lesões é muito menor.
Hipospádia
A hipospádia exige uma intervenção cirúrgica extremamente delicada e, quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento (por volta de 1 ano de idade) melhores são os resultados. Trata-se de uma má formação da uretra que faz com que a saída de urina não fique localizada no local convencional.
Hidrocele
A hidrocele é caracterizada pelo acúmulo de líquidos ao redor do testículo. Em boa parte dos casos, o problema não é grave e não causa dores e nem desconfortos, contudo ainda é necessário o acompanhamento do cirurgião infantil.
A hidrocele é identificada pelo inchaço no local, em alguns casos esse líquido pode ser reabsorvido até 1 ano de idade não necessitando de tratamento cirúrgico . Contudo, se o problema persistir, temos um sinal de hidrocele comunicante ou encistada, que faz com que líquidos do abdômen se acumulem nos testículos.
O tratamento vai depender da causa identificada, mas pode ser necessário um procedimento cirúrgico para evitar qualquer complicação.
Torção testicular
A torção testicular causa imensa dor e exige que um profissional seja procurado imediatamente. O tratamento é cirúrgico e de emergência pois o paciente pode perder o testículo a partir de 4 horas após o início da dor, o procedimento cirúrgico inclui uma incisão no escroto para fazer a distorção, reposicionar o testículo e fixá-lo. Também é importante que o testículo não atingido seja fixado para evitar qualquer problema.
Esses são apenas alguns dos casos em que o cirurgião infantil pode atuar, mas seu amplo conhecimento permite que ele faça diversos procedimentos e oriente os pais de forma clara e precisa.