Urologista pediátrico explica o que é balanopostite em crianças e balanite

menino com cara assustada tem balanopostite e vai em urologista pediátrico

Antes de falarmos sobre balanopostite e o tratamento indicado pelo urologista pediátrico nesses casos é preciso entender que o espaço entre a glande e o prepúcio é um ambiente úmido que contém secreção fisiológica e geralmente serve de proteção para evitar infecções. Por isso o estreitamento no prepúcio impedindo a exposição da glande pode resultar em dificuldade de manter uma higiene adequada e acarretar o acúmulo de esmegma, substância branca composta por células epiteliais descamadas e óleos do corpo, produzidas pelas glândulas do pênis.

A higienização cuidadosa do local é uma boa maneira de evitar a doença. O modo correto de limpeza consiste em lavar o pênis com água e sabão e fazer a remoção de todo o esmegma. 

A produção abundante de esmegma, a limpeza excessiva ou algum tipo de trauma podem gerar inflamação. Esses mesmos fatores podem facilitar a propagação de microorganismos e provocar a infecção do local.

O que exatamente é a balanopostite

É a inflamação da glande popularmente chamada de cabeça do pênis e do prepúcio, que é o tecido que cobre a glande, provocando o aparecimento de sintomas que podem ser bastante desconfortáveis, como coceiras e lesões na pele do pênis, inchaço da região, vermelhidão, ardor no momento de urinar, dificuldade de expor a glande e secreção peniana.

Apesar da grande maioria dos casos dessa patologia ter origem irritativa (não infecciosa), existem também as causas provocadas por bactérias, vírus e fungos.

É importante que a causa da enfermidade seja apurada pelo urologista pediátrico para que o tratamento mais apropriado seja recomendado e, assim, possa aliviar os sintomas.

Quando ocorre a balanopostite?

No nascimento, o prepúcio se adere à glande e sua finalidade é de proteção física e imunológica. Esta aderência origina uma fimose fisiológica na qual o prepúcio não pode ser movimentado.

A doença é bastante frequente entre os meninos, geralmente  entre os 2 e 5 anos, sobretudo em caso de fimose, quando o prepúcio é tão estreito que não consegue deslizar pela glande. Neste caso, torna-se difícil mantê-lo limpo, podendo transformar-se num foco de infecções.

O problema é de fácil trato e eventualmente pode ocasionar o bloqueio da passagem da urina, sendo recomendada a avaliação médica para se examinar a necessidade de cirurgia ou não.

menino apontando tem balanopostite e vai em urologista pediátrico

Causas da balanopostite, segundo o urologista pediátrico

Todo o cuidado é essencial na hora do banho do menino. A má higiene do pênis por conta da criança aumenta a possibilidade de infecções bacterianas, causadoras da doença.

A grande maioria dos casos tem origem irritativa (não infecciosa) e acomete os meninos na faixa etária abaixo dos 6 anos. Porém, como vimos, também pode ser causada por vírus, bactérias e fungos.

Outra razão possível pode ser provocada pelo contato com substâncias irritantes presentes em produtos de higiene (sabonetes, cremes e xampus) e farmacêuticos (pomadas, medicamentos) ou ainda pelo contato direto com alguns tipos de tecidos, que produzem irritação e alergias, podendo estimular o problema.

Diagnóstico e tratamento 

Não é obrigatória a realização de exames para definir a doença. O diagnóstico é essencialmente clínico.

O tratamento é indicado pelo urologista pediátrico de acordo com a circunstância, sendo na maioria das vezes prescrito o uso de antimicóticos tópicos ou orais, antibióticos e corticóides, de acordo com o microoorganismo relacionado com a inflamação.

Se for necessário, o urologista infantil pode pedir exames para identificar o agente causador e estabelecer um tratamento mais adequado.

Nas crianças com fimose, o tratamento cirúrgico (postectomia/circuncisão), que visa à retirada do prepúcio, pode ser a solução.

Existem casos de recorrência da balanopostite?

É possível que a inflamação volte a aparecer em algumas pessoas. Em geral, se o paciente não apresenta infecções e são mantidas boas condições de higiene, considera-se que tais casos provavelmente têm origem autoimune.

Pode ser indicado o uso de corticosteróides no tratamento, mas é essencial que seja seguida a orientação médica rigorosamente, pois o uso prolongado desse tipo de medicamento pode levar à fragilidade da pele da glande e facilitar infecções e inflamações persistentes.