Parafimose em crianças: entenda tudo sobre o problema.

Criança com parafimose site Dr. Rafael Rocha cirurgião pediátrico e urologista infantil

A parafimose é um problema grave, cujo tratamento é feito, na maioria das vezes, em caráter de urgência pelo urologista infantil ou cirurgião pediátrico. Essa condição é uma complicação da fimose, na qual a pele do pênis inicialmente não pode ser retraída, mas que quando vence essa resistência e consegue ser abaixada, expondo a glande (a cabeça do pipi), não retorna mais a sua posição original, “enforcando” o pênis. 

A doença precisa de tratamento imediato, pois, caso evolua, pode dificultar a circulação sanguínea, provocando uma necrose na região. Dificilmente é um problema visto em adultos, então é muito delicado, porque acontece com maior frequência em crianças e adolescentes de até 16 anos de idade.

Agora que você já tem uma noção do que é essa condição, continue a leitura para aprofundar o seu conhecimento, entendendo melhor o que é, qual é a diferença dela em relação à fimose e à balanopostite, quais são as causas e os sintomas.

Neste conteúdo, você também descobrirá como funciona o tratamento e se os pais podem fazer algo em casa para ajudar. Siga e confira.  

O que é parafimose?

Como falado, a parafimose acontece quando a pele do prepúcio é retraída e não consegue mais voltar ao estado de origem, deixando de cobrir a glande do pênis. Como existe ali um estreitamento, a glande fica inchada, impossibilitando o retorno da pele protetora.

É uma condição gravíssima, porque, além do incômodo com o prepúcio que estrangula a glande, a circulação sanguínea fica comprometida e a criança pode desenvolver na região uma infecção ou até mesmo uma necrose progressiva dos tecidos.

Você já deve ter percebido, mas vale a pena reforçar: essa é uma questão que necessita de atendimento urgente, então, assim que os pais reconhecerem os sintomas, o problema deve ser tratado rapidamente.

Qual é a diferença entre parafimose, fimose e balanopostite?

É normal que as pessoas confundam parafimose, fimose e balanopostite, achando que são termos diferentes para a mesma doença. Mas não, não são.

Na parafimose, o prepúcio, depois de puxado, não volta a cobrir a glande do órgão genital masculino. Dessa forma, a criança tende a sentir dor, vermelhidão ou descoloração na ponta do pênis, além de um possível inchaço.

Já no caso da fimose, há dificuldade de expor a glande, pois o prepúcio não tem abertura suficiente para isso, existindo dois tipos desta condição: fisiológica e patológica. A fimose fisiológica ocorre com praticamente todos os recém-nascidos, podendo com tratamento clínico sem cirurgia ser resolvido, à medida que a criança cresce. Já a patológica é um problema que pode acompanhar a criança até a puberdade ou surgir após processos inflamatórios na vida adulta. Independentemente do “tipo”, a condição precisa ser tratada, uma vez que pode gerar complicações, como infecções locais, dores para urinar e até câncer de pênis.

O tratamento inicial para fimose pode ser feito, algumas vezes, com o uso de pomadas e exercícios, mas em certas ocasiões isso pode piorar a condição da criança, portanto isto deve ser avaliado individualmente. Já em outros casos o tratamento é cirúrgico, com a retirada do excesso da pele do prepúcio, por meio de um procedimento chamado de postectomia ou circuncisão, realizado pelo cirurgião pediátrico. No primeiro momento, além de prevenir o câncer, a cirurgia será essencial para melhorar a higiene íntima e cessar as dores e inflamações e, futuramente, para um bom desempenho sexual.

Já a balanopostite é uma infecção que acontece na glande do órgão genital e no prepúcio, que também pode ser causada pela fimose ou em decorrência do diabetes mellitus, mas geralmente é provocada por fungos. A falta de higiene no local também é um dos motivos. Nesses casos, é normal perceber mau cheiro, vermelhidão, inchaço e dor na região, além de febre e desconforto na hora de urinar.

Quais são os principais sintomas da parafimose?

Já foi dada uma pincelada nos sinais da parafimose, mas vale a pena saber mais.

É claro que os sintomas podem variar de criança para criança, mas normalmente as principais ocorrências percebidas são:

●     Dor intensa no local;

●     Inchaço na extremidade do pênis;

●     Alteração da cor na ponta do órgão genital, podendo ficar bem avermelhado ou descolorido, perto do azulado;

●     Inchaço do prepúcio;

●     Não conseguir puxar o prepúcio para frente, na direção da extremidade do pênis.

Ilustração mostrando parafimose site Dr. Rafael Rocha cirurgião pediátrico e urologista infantil

O que causa essa condição?

A incapacidade de fazer o prepúcio recobrir a glande do pênis retraído é bem mais recorrente em crianças e adolescentes do que em adultos. Pode ser resultado do agravamento de uma fimose, como também desenvolvida por conta de um procedimento médico e até mesmo pela forma como o pênis da criança está sendo higienizado, por isso, é fundamental ter cuidado na hora do banho.

Outra dica que podemos dar para prevenir o problema é que se tenha cautela ao realizar massagem ou retrair o prepúcio na tentativa de corrigir uma fimose. Os pais podem até ter visto exercícios que auxiliam na correção do problema, entretanto, é melhor evitar todo e qualquer tipo de solução sem que haja acompanhamento médico.

Como é realizado o tratamento?

A doença acaba prejudicando a circulação sanguínea e isso pode chegar até o extremo, destruindo o tecido peniano. Por essa razão, assim que os sintomas forem notados pelos pais, o mais recomendado é que levem a criança ao médico com urgência.

O tratamento imediato para resolver o problema é relativamente simples: é aplicado lubrificante no local e o urologista infantil comprime a glande, na tentativa de fazer com que o prepúcio volte a cobri-lo. É possível que o médico tenha que fazer uma pequena incisão no prepúcio, para aliviar a constrição e evitar o risco do tecido necrosar. Caso tudo isso não funcione, a cirurgia é o caminho mais indicado.

A cirurgia para tratar a condição é executada pelo cirurgião pediátrico e realizada com anestesia, para que seja feito um corte na pele, aliviando a pressão e permitindo que a glande volte à sua posição inicial. Vale dizer que, depois da cirurgia, pode ser feita uma postectomia da mesma maneira que ocorre no tratamento da fimose.

Não tente resolver a parafimose sem ajuda médica

A parafimose é coisa séria e deve ser tratada de forma ágil. Portanto, é importante que nunca se tente corrigi-la sem orientação de um urologista infantil, visto que isso, além de não funcionar, pode desencadear várias complicações do quadro.

Sabemos o quanto os pais se importam e querem solucionar a condição rapidamente, para que, dessa maneira, deixem de ver a criança sofrendo. No entanto, jamais devem fazer isso em casa, sem ajuda médica.

Esse é um problema que cada minuto acaba sendo crucial, então, no menor sinal, busque acompanhamento de um urologista pediátrico. O tratamento dessa doença é considerado uma emergência urológica e deve ser feito imediatamente, visando descartar a necrose do tecido peniano, o que causaria danos irreversíveis ao órgão.

Bebê em tratamento sentado numa caminha branca - site Dr. Rafael Rocha, cirurgião infantil e Urologista Pediátrico São Paulo

Prevenção da parafimose

Como citado anteriormente, a parafimose acontece quando a pele da glande fica retraída e não consegue voltar ao estado original, gerando estrangulamento. Por ser uma condição de emergência, o ideal é evitá-la, para que não existam danos ao tecido da glande.

Em geral, o quadro está relacionado a tentativas de manobras manuais em casos de fimose em crianças. O mais recomendado é que os pais ou responsáveis não façam qualquer tratamento em casa que não seja orientado por um urologista infantil. No entanto, algumas pessoas podem tentar “puxar” a pele protetora, chamada de prepúcio, acarretando o problema.

Por isso, a principal forma de prevenção é nunca realizar esse tipo de exercício sem orientação médica. Às vezes, essa complicação da fimose também surge durante a higienização do pênis da criança. Por isso, tomar cuidado para que esse momento ocorra com delicadeza é uma ótima maneira de evitar problemas.

Caso haja dúvidas sobre a higiene ou os cuidados com o pênis infantil, é importante consultar um urologista. As receitas caseiras, as pomadas e as massagens sem o devido acompanhamento médico apenas aumentam o risco de estrangulamento da glande.

Meu filho está com parafimose, e agora?

A principal orientação para quem acabou de descobrir a parafimose é jamais realizar manobras manuais em casa. Ainda que o quadro pareça simples inicialmente, é fundamental saber que forçar a pele provoca microlesões. Desse modo, o local fica ainda mais inflamado, diminuindo as chances de obter melhora com o tratamento conservador.

Além disso, os pais devem estar cientes de que se trata de uma condição médica de urgência. Ao perceber dor, vermelhidão intensa ou partes arroxeadas na região peniana, a criança deve ser levada ao hospital para atendimento imediato.

Outro ponto crucial: esse problema urológico não desaparece sozinho. Pelo contrário, a tendência é que a situação fique mais grave conforme o tempo passa. O atendimento rápido é a única maneira de evitar a necessidade de uma cirurgia de emergência.

Essa complicação da fimose é comum no consultório do urologista pediátrico?

O urologista pediátrico depara-se com casos desse tipo quase todos os dias no consultório. O problema é bastante usual na rotina de trabalho desse profissional, especialmente, por causa da alta prevalência de fimose em crianças e bebês.

Cerca de metade dos meninos de até 1 ano de idade possui fimose. Até os 3 anos de idade, essa estatística cai para 10%, mas ainda é bem alta. Além do mais, estudos revelam que aproximadamente 0,2% das crianças que não passaram por cirurgia de parafimose devem desenvolver a complicação entre os 4 meses e 12 anos de idade. O número sobe para 1% a partir dos 16 anos.

Essa é a complicação mais comum ligada a problemas na pele da glande. Isso requer atenção redobrada dos pais e responsáveis durante os cuidados diários de higiene da criança. Qualquer sinal de anormalidade é motivo para uma visita ao urologista.

Quem tem algum dos graus de fimose sempre desenvolve o problema?

Nem sempre os variados graus de fimose levam ao desenvolvimento da complicação que estrangula a glande. Com os cuidados adequados e o acompanhamento do médico especializado, é possível prevenir o problema.

Na realidade, poucos casos de fimose chegam a desencadear o estrangulamento, sobretudo, quando a aderência da pele recebe tratamento.

Além disso, a fimose em bebês é considerada fisiológica. Nessa hipótese, a tendência é que ela tenha resolução com tratamento conservador, sem precisar de cirurgia e com riscos mínimos para uma complicação.

Bebê com parafimose - site Dr. Rafael Rocha, cirurgião infantil e Urologista Pediátrico São Paulo

Recomendações médicas sobre parafimose

As chances de sucesso no tratamento da parafimose são elevadas, principalmente, se o diagnóstico for precoce. Mesmo que os pais consigam manobrar a pele protetora de volta ao lugar de origem, visando evitar o estrangulamento da glande (algo pouco provável), é importante buscar ajuda médica.

A complicação da fimose não é algo que pode alcançar resolução espontânea. Ou seja, aguardar em casa até que os sintomas passem está fora de cogitação. Lembre-se de que os danos podem ser permanentes, se houver interrupção no fluxo sanguíneo.

Perguntas frequentes relacionadas ao assunto

Os problemas que atingem a região genital e o trato urinário infantil costumam gerar muitas dúvidas nos responsáveis. Em breve, falaremos em detalhes a respeito do tratamento, mas é essencial entender um pouco mais sobre a condição em si antes.

Separamos as questões mais recorrentes no consultório do urologista pediátrico. Saiba tudo sobre a parafimose antes de prosseguir com a leitura do artigo.

1. Pais podem resolver o problema em casa?

Não. Mesmo quando os sintomas não parecem particularmente graves ou desaparecem em algumas horas, essa complicação da fimose não se resolve naturalmente. Pelo fato de ser uma emergência urológica, a única forma de conseguir tratamento é no consultório.

Como há risco de necrose do tecido da glande, o ideal é procurar por um serviço de emergência para o atendimento imediato. Algumas vezes, o paciente necessita de uma cirurgia emergencial, para restabelecer o fluxo sanguíneo, podendo agendar a postectomia (circuncisão) total com o seu urologista mais tarde.

2. O que aumenta o risco de parafimose?

A parafimose acontece somente em crianças que não passaram por postectomia e apresentam quadro de fimose. Portanto, esses são os principais fatores de risco.

Fora isso, existem poucas evidências de que outros problemas urológicos possam levar ao aparecimento dessa condição.

3. A solução é toda vez cirúrgica?

Nem sempre, tudo depende da gravidade do caso e da possibilidade de necrose da glande. Quando os pais levam a criança ao urologista com agilidade, a probabilidade de sucesso do tratamento conservador é ainda maior.

Mesmo depois do tratamento, é importante ficar atento. Em casos raros, é possível que a complicação da fimose ocorra novamente e precise de outro atendimento de urgência.

A cirurgia de urgência só é indicada em duas situações: se houver risco real às estruturas do pênis; ou quando o quadro não é resolvido com opções conservadoras. Vale lembrar que para todo paciente que apresentou o quadro de parafimose deve-se, após o tratamento conservador, marcar consulta com o cirurgião, para agendar a operação de fimose. 

4. As chances de recuperação são altas?

Sim. Com o atendimento adequado e o tratamento providenciado, seja ele conservador ou cirúrgico, a maioria dos pacientes consegue uma recuperação rápida. Em crianças, a quantidade de sequelas é baixa, contudo, ainda existem riscos que o urologista deve explicar ao começar o tratamento.

5. Quando buscar um urologista infantil?

O urologista infantil deve ser procurado assim que surgirem os primeiros sintomas. Caso não esteja disponível, os pais devem buscar atendimento de emergência em um hospital ou pronto-socorro mais próximo.

bebê com olhos verdes - site Dr. Rafael Rocha, cirurgião infantil e Urologista Pediátrico São Paulo

Complicações da parafimose

O grande problema da parafimose é o impedimento do fluxo sanguíneo e linfático adequado à glande. Isto é, a ausência desse fluxo causa inflamação, inchaço, vermelhidão, dor e mudança de coloração do tecido. 

Bem como ocorre com qualquer parte do corpo, a falta de fluxo sanguíneo mata, gradualmente, o tecido (necrose). Isso seria um quadro gravíssimo da doença, que requer intervenção cirúrgica. Também existem outras complicações que você pode conferir adiante.

Balanopostite

Essa inflamação atinge a glande e o prepúcio simultaneamente e ocorre por diversos motivos, inclusive, em virtude da incapacidade de cobrir a extremidade distal do órgão genital masculino. Em adultos, o problema ainda pode ser desencadeado por causa de diabetes, doenças autoimunes, obesidade, entre outras.

Quem tem fimose também pode sofrer com o problema, visto que a dificuldade de higienização aumenta a possibilidade de infecção da região por fungos. Quando a condição inflamatória ocorre junto com o estrangulamento da glande, o único tratamento eficaz é a cirurgia de postectomia.

Determinados pacientes chegam a apresentar a balanopostite antes mesmo de ocorrer a parafimose. Nesse caso, é primordial aderir ao tratamento, para evitar que a coceira e a dor causadas pela inflamação levem os pais, responsáveis ou cuidadores a tentarem uma manobra caseira da pele (ou prepúcio) da glande.

Necrose da glande

É a complicação mais severa desse tipo de quadro, porém, bastante rara. Quando o paciente não recebe o tratamento correto em tempo hábil, o estreitamento da glande interrompe o fluxo de sangue e faz com que as células morram. Esse desdobramento é denominado necrose.

Nesse caso, os prejuízos são irreversíveis, mas o paciente ainda necessita de cirurgia de urgência, para evitar que a necrose se expanda. Há poucos casos relatados desse tipo de problema.

Principais tratamentos de parafimose

Logo que o paciente chega à sala de emergência com sinais de parafimose, o urologista já deve começar a conduta terapêutica, com a finalidade de aliviar a dor e o edema. Confira abaixo algumas alternativas de tratamento, que podem ser desde a aplicação de cremes tópicos até uma cirurgia.

1. Redução com manobra manual

Existem manobras manuais que somente o urologista pode executar na tentativa de retornar a pele prepucial ao seu estado normal. Inicialmente, é preciso reduzir o inchaço, para que a pele possa ser movimentada. Essa técnica profissional consiste em pressionar a glande, o que ajuda a propiciar o retorno de sangue, ou aplicar compressas de gelo.

Após o primeiro momento de controle do inchaço, o médico especialista consegue puxar o prepúcio delicadamente. Vale reforçar que apenas um profissional especializado pode realizar essa tentativa e em ambiente clínico, nunca em casa.

Em casos de dor extrema que impeça a manipulação, pode ser necessário utilizar o bloqueio do nervo dorsal do pênis ou uma anestesia local. O procedimento é de rotina e possui baixa taxa de complicações. Os anestésicos tópicos também podem fazer parte do tratamento.

Depois do atendimento emergencial, a criança ainda deve continuar o tratamento com um urologista, para evitar novos episódios.

2. Cirurgia de parafimose

Antes de recorrer à cirurgia de parafimose, o urologista tenta técnicas conservadoras, com o objetivo de reposicionar a pele prepucial. Quando elas falham, o melhor caminho é realizar um pequeno corte de emergência no dorso do pênis. Para isso, o cirurgião aplica uma anestesia local e limpa a região adequadamente.

Depois de preparar o pênis, é feita uma pequena incisão que diminui a pressão no tecido. No momento da cirurgia de emergência, o paciente não passa pela postectomia. No entanto, é recomendado que os responsáveis agendem uma data posterior para o procedimento cirúrgico. Assim, é possível evitar que o estrangulamento da glande aconteça novamente.

O problema é recorrente, mesmo em casos que não exigem atendimento cirúrgico. Por isso, a indicação de uma “circuncisão” ocorre com certa frequência para quem recebeu o diagnóstico dessa complicação da fimose.

A cirurgia de fimose infantil é preventiva?

Sim, mas a cirurgia de fimose infantil não é recomendada para todos os quadros, especialmente, se o caso for fisiológico. Boa parte das crianças nasce com aderências da pele prepucial e tem resolução espontânea do problema durante os primeiros anos de vida.

Antes de optar pelo tratamento cirúrgico, o urologista infantil costuma tentar a terapia conservadora. Os cremes com corticoide tópicos cooperam para dar celeridade ao tratamento, geralmente, duas vezes ao dia por algumas semanas.

A circuncisão, chamada de postectomia, só é recomendada, quando o paciente apresenta infecções urinárias reincidentes, irritação da glande e dificuldades de higiene ou há o surgimento de complicações, como a incapacidade de cobrir a extremidade distal do pênis. Além de proporcionar tratamento para esses episódios, a postectomia pode contribuir para a prevenção de câncer peniano e ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) na vida adulta.

Em alguns casos, os pais podem escolher pela realização da intervenção cirúrgica por motivos culturais ou religiosos.

Riscos do procedimento

A cirurgia para tratar fimose é um procedimento simples que apresenta riscos mínimos. Apesar da baixa complexidade cirúrgica, ainda existe a possibilidade de complicações comuns, bem como acontece em qualquer procedimento. Veja quais são:

● Sangramento.

● Edema.

● Estreitamento do meato uretral.

● Infecção.

● Assimetria prepucial.

Caso ocorra estreitamento do meato ou assimetria, o paciente pode precisar ser submetido a uma nova cirurgia. Entretanto, as ocorrências desse tipo de problema são relativamente baixas. Os eventuais sangramentos e o edema podem ser tratados de forma conservadora, sem necessidade de voltar ao centro cirúrgico.

Bebê com doença urológica olhando para a câmera - site Dr. Rafael Rocha, cirurgião infantil e Urologista Pediátrico São Paulo

Pós-operatório de fimose e parafimose

No caso da parafimose, o pós-operatório é muito simples. O paciente recebe somente um pequeno corte na região do dorso peniano. Por não ser tão invasivo, os principais sintomas pós-cirúrgicos são leve inchaço, edema e sangramentos. O cirurgião pode recomendar que o paciente utilize cremes, para diminuir a aderência do prepúcio e a inflamação.

Já no período pós-cirúrgico de fimose, o paciente operado deve ficar em repouso por 3 dias. Usar uma bolsa de gelo ou compressas geladas na região ajuda a reduzir o inchaço e a dor, mas também é importante tomar os anti-inflamatórios e os analgésicos prescritos pelo médico.

A postectomia remove completa ou parcialmente a pele prepucial, expondo a glande e eliminando o risco de estrangulamento. Conforme mencionamos anteriormente, essa cirurgia não ocorre no mesmo dia do atendimento de emergência. Em geral, os urologistas marcam o procedimento operatório para uma data posterior.